Prelúdio ao Manifesto do
"Fim" da Infância
Não deixarei que a razão embriague minha capacidade de sonhar.
Nem que a potência da inocência ofusque minha crítica diante das injustiças de meu tempo.
Lembrarei sempre da importância do tempo presente e que a vida, ávida, se resume ao agora e, no máximo, aos próximos dez segundos, sendo todo o resto fantasia.
Que as fantasias precisam, por vezes, ser inúteis, pois nas inutilidades da vida, muitas vezes, forjamos algumas essências, quase sempre, bem cheirosas.
Que os sentidos das coisas são sentidos pelos nossos próprios sentidos, claro, se não tiverem ofuscados pela falta de sentidos das coisas que temos feito ao longo dos nossos dias.
Leste de Minas Gerais, maio, um pouco frio, de 2014.