Bibliotecas
As bibliotecas
Sempre me fascinaram,
Por vezes me assustavam.
Ao adentrá-las
Aquele, sempre, imponente pé direito,
Como um templo,
Me deixava pequeno.
Infinitas estantes,
Com livros que não acabava mais.
Física quântica, geografias,
Matemática da vida e "vans" filosofias.
Me perguntava em pensamento:
Precisarei saber de tudo
que aqui está?
O mundo se encontra
neste castelo?
Daí me via mudo.
Com um livro de anatomia nas mãos.
Podia não saber de todo o mundo.
Mas saberia de meu próprio corpo.
Gosto daquele silêncio fúnebre.
Onde a morte da fala,
deixa uma voz pulsando
em nossas consciências.
Viagens oníricas acontecem
neste espaço de tempo.
Como se a visão , feito espelho,
invertesse nosso olhar.
Como um simples atlas nos faz maior.
As fronteiras do impossível se rompem.
E logo estou onde minha cabeça está.
Com a imensidão do poder ser.
Acabei me vendo no todo.
Notava então que o universo
também se encontrara em mim.
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