segunda-feira, 28 de julho de 2014

Bibliotecas

As bibliotecas
Sempre me fascinaram,
Por vezes me assustavam.

Ao adentrá-las 
Aquele, sempre, imponente pé direito,
Como um templo,
Me deixava pequeno.

Infinitas estantes,
Com livros que não acabava mais.
Física quântica, geografias, 
Matemática da vida e "vans" filosofias. 

Me perguntava em pensamento:
Precisarei saber de tudo 
                      que aqui está?
O mundo se encontra 
                       neste castelo?

Daí me via mudo.
Com um livro de anatomia nas mãos.
Podia não saber de todo o mundo.
Mas saberia de meu próprio corpo.

Gosto daquele silêncio fúnebre.
Onde a morte da fala,
deixa uma voz pulsando 
                   em nossas consciências.

Viagens oníricas acontecem 
                  neste espaço de tempo.
Como se a visão , feito espelho,
                   invertesse nosso olhar.

Como um simples atlas nos faz maior.
As fronteiras do impossível se rompem.
E logo estou onde minha cabeça está.
Com a imensidão do poder ser.
Acabei me vendo no todo.
Notava então que o universo 
         também se encontrara em mim.

      

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