terça-feira, 29 de julho de 2014


Metaforizando a Vida e Assumindo o Gerúndio


Iniciando na continuidade...

A meta-fora, fora do óbvio, do suposto saber, da doutrina castradora, fora da necrofilia da estagnação, pelo movimento da vida, pela ânsia de viver, do exercício do poder fazer e contribuir com que os outros possam fazer, enfim, sejam.

Inicio este poemário compartilhando meu permanente exercício de ser mais com os outros, me livrando das amarras da auto subordinação a competição, ao medo e as vaidades. Me livrando da culpa e me assumido responsável, assassinando o medo para o renascimento do respeito, distraindo o julgamento para permitir a possibilidade do diálogo.
Junto a toda esta subjetividade que procuro objetivar em meus encontros com o mundo chamo-nos a atenção para o cuidado com as coisas materiais, de conjuntura, das realidades vividas no guetos, periferias urbanas, remotos rurais e demais espaços, onde a opressão é uma constante, tanto da sua condição originária na sociedade, como no exercício efetivo do Estado de Polícia e de Controle em detrimento do Estado de Direitos.
Ao adentrar aos territórios em que "atuo" enquanto educador popular, junto as equipes e principalmente aos agentes de saúde da família, gostaria de sentir os "cheiros e sabores" de uma boa nova, ou de encontros que "vibrassem" nossos corpos de alegria e não da tensão provocada por mais uma bala encontrada no peito de mais um jovem negro, assassinado brutalmente por já ter nascido suspeito, por sua raça, sua geografia, seu corpo, sua cultura.
Sendo assim, sigo desafiando-nos a viajar pelas metáforas da vida, sem nos perder por possíveis eufemismos ou meras idealizações de um outro mundo possível, sem a consciência de que nossa situação enquanto humanidade, dentro de um ecossistema bem maior, nunca esteve tão crítica.


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